E o viver tem tantas faces. Às vezes, talvez sempre, todo dia, pergunto-me aonde está a sabedoria do viver. Não é aquele viver apenas por viver. Não é isso. É algo maior, algo perto do silêncio, sem ruídos (e por isso que se entenda muitas coisas). É algo em que se perceba os milésimos de um segundo, mas os minutos de uma hora já estaria de bom tamanho. Aonde que se percebesse o momento em todos seus detalhes, isentos dos tais ruídos. Hoje, cozinhando meu almoço, fiquei meditando em todos os movimentos, cada cubinho de cebola, tomate e alho cortado eu estava lá, vendo eles, delineando-os. Senti-me um Forrest Gump, com a mente só naquilo que era para ser feito naquele momento, sem questionar, sem desejar outra coisa, nada. Apenas aquele momento. Não sei, mas todos os ensinamentos de meditação que venho tendo e praticando há quase 3 anos começaram a fazer sentido. Não que antes não fizessem, mas a cada dia eles têm ficado mais claros, mais compreensíveis. Preparar um almoço é uma ótima forma para meditar. Todos nossos sentidos podem ser ativados e ao mesmo tempo poderemos perceber a vacuidade deles. Isso é fantástico se compreendermos bem. Creio que estou compreendendo (...). E o viver tem tantas faces. Assim como uma montanha, chegar ao seu cume pode ser feito por qualquer lado. Cada qual terá suas dificuldades e por alguns se poderá não chegar ao cume devido a uma avalanche qualquer. Muitos já morreram tentando chegar ao cume de alguma montanha por aí por causa de avalanches. A vida é assim também. O segredo é escolher o melhor lado e nada melhor do que olhar para os grandes mestres do "alpinismo" de montanhas. Eles saberão indicar o melhor lado, mas a decisão final sempre será nossa...sempre.
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