Teve uma época
em que eu achava que conceitos eram perda de tempo. Se duas ou mais pessoas
soubessem do que estavam falando, ora, pra que perder tempo dando nome e
defindo limites? E as demais, alheias à situação? Não sabia do perigo da
coisa e diferentes situações na vida me ensinaram o valor de se definir o que e o alcance do que estamos falando. Um bom exemplo encontrei nesta reportagem na ZH sobre a construção da hidrelétrica de Pai Querê. Nela aparece a seguinte
frase: "O argumento da empreiteira é que o relevo do local que será inundado
não é aproveitável para outros fins." Ora, o que é o "fim" a que
a empreiteira se refere? Uso para terras agrícolas? Construções de casas? Não
sei, mas para todos os fins que me vem em mente a partir dessa ideia, todos estão relacionados com o
uso direto pelas atividades humanas. E a conservação da biodiversidade e
provisão de serviços ambientais (diretos e indiretos), por exemplo? Não seria um uso
justificável para a manutenção daquela área natural? Para mim esse fim é
totalmente válido e justificável para a não-viabilização da hidrelétrica. Agora,
porque não se pode dar um "fim" antropocentrista a um determinado
lugar ele pode ser destruído? Valores, humanidade do século 21...valores. =)
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
domingo, 7 de outubro de 2012
Montanhas, almoços e a vida.
E o viver tem tantas faces. Às vezes, talvez sempre, todo dia, pergunto-me aonde está a sabedoria do viver. Não é aquele viver apenas por viver. Não é isso. É algo maior, algo perto do silêncio, sem ruídos (e por isso que se entenda muitas coisas). É algo em que se perceba os milésimos de um segundo, mas os minutos de uma hora já estaria de bom tamanho. Aonde que se percebesse o momento em todos seus detalhes, isentos dos tais ruídos. Hoje, cozinhando meu almoço, fiquei meditando em todos os movimentos, cada cubinho de cebola, tomate e alho cortado eu estava lá, vendo eles, delineando-os. Senti-me um Forrest Gump, com a mente só naquilo que era para ser feito naquele momento, sem questionar, sem desejar outra coisa, nada. Apenas aquele momento. Não sei, mas todos os ensinamentos de meditação que venho tendo e praticando há quase 3 anos começaram a fazer sentido. Não que antes não fizessem, mas a cada dia eles têm ficado mais claros, mais compreensíveis. Preparar um almoço é uma ótima forma para meditar. Todos nossos sentidos podem ser ativados e ao mesmo tempo poderemos perceber a vacuidade deles. Isso é fantástico se compreendermos bem. Creio que estou compreendendo (...). E o viver tem tantas faces. Assim como uma montanha, chegar ao seu cume pode ser feito por qualquer lado. Cada qual terá suas dificuldades e por alguns se poderá não chegar ao cume devido a uma avalanche qualquer. Muitos já morreram tentando chegar ao cume de alguma montanha por aí por causa de avalanches. A vida é assim também. O segredo é escolher o melhor lado e nada melhor do que olhar para os grandes mestres do "alpinismo" de montanhas. Eles saberão indicar o melhor lado, mas a decisão final sempre será nossa...sempre.
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
As utopias estão por aí...
A desigualdade de renda limita a redução na pobreza gerada pelo crescimento econômico. Isso é visto em países em desenvolvimento, como a Índia, e também em países desenvolvidos, como os EUA. Quanto mais igualitária é uma sociedade, mais haverá contribuição de pessoas com ganhos baixos para o crescimento e ampliação da economia. Ou seja, diminuir a desigualdade de renda é uma ótima maneira de fortalecer a economia local e, consequentemente, a mundial.
Os pontos mostrados pelo autor deste artigo para fortalecer os MDGs (Millennium Development Goals) estão dentro de uma utopia que aconteceria se os governos e a própria sociedade mudasse seus valores. Este é o ponto: mudança de valores, o que parece ser difícil, visto implicar diretamente na perda de poder.
Daí vem a minha questão: como atuar em cima dessa realidade? Qual metodologia usar para trabalhar o social e o político? Em que escala trabalhar? Se pararmos para pensar essas questões veremos que elas talvez já foram trabalhadas dentro de concepções tradicionais das ciências envolvidas. Não seria a hora de transcender tais metodologias (e, consequentemente, até os próprios paradigmas das ciências relacionadas - ou de todas?)?
=)
Obs. O link acima se perdeu. Creio que o artigo que menciono seja esse:
Bapna, M. 2012. 3 Imperatives for the Next Global Development Agenda. https://wri-indonesia.org/en/blog/3-imperatives-next-global-development-agenda
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