O post anterior me fez pensar na questão levantada na orelha do livro "O fim da ciência" de John Horgan: "A sociedade faria melhor em reduzir os esforços de natureza científica a que tem se dedicado e concentrar mais seus recursos na aplicação do que já se sabe, de modo a melhorar a condição humana?". Em outros tempos talvez eu diria que sim, talvez amanhã voltarei a dizer que sim, não sei...tudo transmuta no tempo e no espaço, certo? O fato é que o cientista tem que estar na vanguarda das descobertas, movendo-se atrás da "verdade inalcançável" e o que em si foi gerado de conhecimento deveria ser aplicado pelos nossos tomadores de decisão (políticos!) de forma racional e baseada na ciência. Só assim é que teríamos uma melhora gradativa na condição humana (física e mental). Numa analogia, o cientista seria como uma perfuradora abrindo a rocha e os tomadores de decisão os operários que viriam atrás reforçando a fundação do túnel. O problema é que hoje os políticos querem perfurar a rocha em caminhos próprios, baseados em seus interesses e sem base científica nenhuma. O resultado disso será um desmoronamento do túnel com prejuízos para todos, uma vez que esses foram pelo caminho sem base e os cientistas e a sociedade ficaram sem os reforços atrás de si. No fim, vejo que as topeiras e seus túneis são mais inteligentes que nós humanos, pois elas sabem aonde devem ou não cavar e a como sustentar os túneis cavados.
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