sábado, 30 de março de 2013

Política brasileira: estamos no fundo do poço?

Não lembro, desde os anos 2000 quando comecei a acompanhar mais de perto a política nacional e mundial, um momento tão deplorável dos rumos nacionais. Não lembro de ter visto um presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara tão desqualificado pelos seus preceitos morais e éticos quanto o Deputado Feliciano. O mesmo vale para o Senador Maggi como presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado. Como pode pessoas tão definidas pelos seus interesses e pontos de vista assumirem tais cargos? Hoje li a notícia de que o Dep. Edson Santos defende a usurpação das terras do Horto Florestal do Jardim Botânico do RJ. E tem mais, pior de tudo...tem.

Não há muito o que se falar mais do que tem se falado em blogs, facebook, jornais etc. A indignação da sociedade com essa falta de democracia nas eleições desses representantes para os tais cargos, bem como os lados defendidos por esses e demais deputados e senadores só demonstram o total descaso com o que deseja a sociedade brasileira. Os interesses políticos e econômicos dos "amigos" desses políticos (e do PT também) estão ditando os rumos do Brasil. Temos os absurdos das hidrelétricas na Amazônia, o descaso com as populações indígenas que estão sendo arrebatadas de suas terras para o "desenvolvimento do país".

A história do Brasil irá mostrar que a primeira mulher no poder, que poderia mostrar o lado feminino de governar (com justiça e igualdade), realizou um dos piores governos do país, cometendo e sendo passiva (e co-responsável) pelos maiores absurdos ocorridos. Dilma terá que conviver com isso. Contudo, pelos rumos ditantes, acho que ainda não chegamos no fundo do poço. Talvez nem alcançamos a lâmica d'água. Temo pelo que pode ainda acontecer se a sociedade ficar passiva da forma que está.

Quero começar nessa postagem uma listagem de absurdos políticos no país. Colabore enviando links com as notícias para meu email: vagner.camilotti@gmail.com

Notícias do declínio político
Em Brasília - Aonde as piores coisas ocorrem:
- Senador Maggi presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado

Nos Estados - Aonde as piores coisas continuam a ocorrer
- Deputado Edson Santos defende usurpação das terras do Horto Florestal

- Expulsão de índios de suas terras

- Construção de Belo Monte

- Outras hidrelétricas
   -Na Amazônia
   -No Pantanal
   -Quem está ganhando com isso?

Gastos com a Copa do Mundo e Olimpíadas
-Contraste com a situação da saúde e outras necessidades nacionais
-Relado em vídeo do contraste nos investimentos para a o Estádio Itaquerão e a ciclovia que há décadas não sai do papel - o que seria mais importante para o social?

-Oque mais??

quinta-feira, 14 de março de 2013

Sobre a expansão da consciência e a música


Expandir a consciência significa aqui nada mais do que ficar consciente pelo maior tempo que for possível.  Ficar consciente significa então estar presente, analisando algo sem vieses, sem interferências, preconceitos, nada, só a própria natureza do que está sob análise. Somente assim é possível se chegar o mais próximo da verdade sobre aquilo. Descartes em seu "Discurso do Método" fazia algo assim com o uso da razão e da negação, mas ainda assim é possível ver que ele não se livrou de todos os vieses. Mas será que é possível?

Ficar consciente no meu caso em particular ocorre em determinados momentos quando faço uso de algumas técnicas. Contudo, já me percebi achando que estava consciente e ao observar melhor me vi em volto de vieses que determinavam a forma como eu estava analisando algo.

Hoje à noite tive um insight sobre o que busco fazer na vida. Isso é algo que tem me incomodado há um bom tempo e talvez logo volte. Infelizmente ainda não consigo fazer o que seria o correto fazer: nada! Nada mesmo, ficar apenas a mercê dos fatos, wu wei, algo que fazem os taoístas. De uma forma geral seria fazer o que se tem que fazer no momento, focar nisso e esperar pelo encaixamento dos fatos no universo, que tende a conspirar a nosso favor. É claro que tem outros pormenores nessa filosofia, os quais não entrarei em detalhes aqui, não agora.

Voltando ao insight que tive. O que me levou a ele foi a música do Enigma "Rivers of Belief". Em geral, as músicas desse grupo/projeto possuem elementos místicos e, entre eles, sons de flautas de índios norte-americanos que são os que possuem um efeito tremendo sobre minha consciência. Isso me faz pensar numa forma semelhante ao efeito de algumas taças de vinho, técnica que também faço uso principalmente nas noites de Sexta-feira. A música tem esse poder sobre mim. É uma ferramente que há muito venho comentando com amigos em geral. Associada à noite, ela me leva para uma viagem de autopercepção em que consigo identificar o que está atrapalhando o meu pensar. Um exemplo é que esses textos que aqui escrevo foram praticamente todos escritos depois das 22 horas, todos influenciados pelo vinho ou pela música. Sherlok Holmes, segundo seu criador, Conan Doyle, fazia uso de drogas como a cocaína e a heroína para solucionar casos complexos (não irei chegar a esse ponto, com toda a certeza!).

Os próximos passos são os de aprofundar minha capacidade meditativa e, com isso, meditar mais sobre o wu wei. Fritjof Capra faz uso desse, bem descrito no processo de desenvolvimento de suas teorias no livro "Sabedoria Incomum" (recomendo-o). Minhas análises recentes mostram como o wu wei funcionou para muitas pessoas que atingiram o sucesso sem mesmo conhecer o wu wei. Quero escrever sobre isso ainda, mas preciso me organizar e desenvolver essa pesquisa de forma mais aprofundada. Enquanto isso, a combinação de Enigma com um Shiraz vai ajudando.

=)

terça-feira, 5 de março de 2013

Do fingir de não saber



Gostaria que a lua soubesse falar. Como é chato ficar olhando para ela, achar ela bonita em todas suas formas e ela lá, quieta, andando de um lado pro outro. Monólogos na noite! Ela poderia dizer o porquê que brilha, que fica cheia e vai se apagando até sumir, depois voltando a desfilar reluzente no céu. Por que ela sorri com aquele sorriso de Buddha? Por que...
Eu sei os porquês. Não é chato ficar olhando pra ela e ela também conversa. Fala muito, inclusive. O que acontece é que às vezes não quero saber os porquês para ficar apreciando ela por mais tempo. Saber dos porquês tira a graça. Para apreciar não é necessário conhecer nomes, cores e cheiros.
Apreciar é apenas sentir.

Uma música para acompanhar (Mas al norte del recuerdo - Malpais).

=)