sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Dica de blog

O tempo anda escasso para escrever. Bem, talvez nem tanto, mas inspirações para isso podem estar em baixa! Cadê as musas? Chegando o verão devem ter virado sereias. Vai saber!! Bem, mas hoje quero apenas indicar um blog interessante, que muitos poderão gostar de ler. É o seguinte: http://aninhavet.blogspot.com/
Aninha mescla muito a experiência dela dentro do espiritismo com a aplicação dele no dia-a-dia. No entanto, verão que não é necessário ser espírita para compreender, pois a linguagem é clara e bem aplicável. Provem!
=)

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Casar ou não casar: eis o dilema da vez

Casamento, casório ou matrimônio/matrimónio é o vínculo estabelecido entre duas pessoas, mediante o reconhecimento governamental, religioso ou social e que pressupõe uma relação interpessoal de intimidade, cuja representação arquetípica são as relações sexuais, embora possa ser visto por muitos como um contrato. A palavra casamento é derivada de "casa", enquanto que matrimonio tem origem no radical mater ("mãe") seguindo o mesmo modelo lexical de "patrimônio". Também pode ser do latim medieval casamentu: ato solene de união entre duas pessoas de sexo diferente, capazes e habilitadas, com a legitimação reliogiosa e/ou cívil (http://pt.wikipedia.org/wiki/Casamento).
Com quantas dessas definições tu nao concordas? Provavelmente nem concordas com a idéia de casamento por si só! Sabes que eu também não concordava com nada disso antes? Pois é!
Casar mete medo em muitos jovens adultos. Ao questionar amigos sobre o que pensam, a resposta mais comum é que nem pensam sobre. Não cogitam a hipótese de casar e para isso defendem certos argumentos questionáveis e geralmente embasados nesse conceito clássico de casamento. Eu tenho uma visão própria sobre ele e, como já dizia o velho Descartes, se questionarmos uma afirmação e não conseguirmos derrubar as teses dela poderemos tê-la como uma verdade. Vamos lá então!
Minha definição de casamento é a oficialização de uma relação íntima entre duas pessoas que atingiram o ponto de certeza de que querem ficar juntas definitivamente. Acabou aquele período de “teste”, o namoro. Essa oficialização pode ser apenas uma mera formalidade na presença entre amigos, familiares e/ou até mesmo entre os dois. No entanto, ela deve ocorrer. Por quê? Não dá para ficar juntos sem ter que passar por isso? Poder pode, óbvio, mas a relação nunca se afirmará entre os dois. Em algum momento terão que assumir um casamento para poderem continuar juntos. Conheço um casal que está junto há mais de 15 anos e não casou oficialmente, mas se perguntares para eles o que são se autodenominarão casados. Não houve uma formalização oficial a partir da igreja ou perante a justiça, mas eles se reconhecem como casados. Eis aqui um ponto a favor pra minha tese!
Mas vamos lá... Vamos questionar esse fundamento. O que aconteceria se eles não assumissem isso? Hoje esse casal tem dois filhos, possuem uma casa que compraram juntos e passam por dificuldades que qualquer um casal oficial ou não passa. Tu achas que se eles nunca tivessem assumido esse compromisso entre si, eles conseguiriam ter tudo isso? Haveria confiança para terem os filhos? Para investirem juntos numa casa? Para discutirem sem razões maiores para cada um pegar sua mochila e juntar as poucas roupas que está numa das gavetas de um pequeno armário? Aqui afirmarei que não, não haveria como sem uma “oficialização” entre eles. E é aqui nesse ponto que tu poderás contra-argumentar e me dar razões contrárias a minha. Poderás usar o espaço de comentários ali embaixo!
Creio que o maior problema em aceitar um casamento esteja na visão clássica dele. Casar numa igreja é um dos maiores. Muitos jovens perderam a ligação com a igreja convencional (católica, luterana e anglicana... Outra mais?) e tem isso como o principal argumento para não se casarem. Ter que compartilhar bens que não construíram juntos pode ser outro. Ter a idéia de que casamento significa ter que ficar juntos para a vida toda é mais um. Essas são visões que deturpam a idéia básica de casamento que só tende a deixar a relação mais saudável e com um futuro claro pela frente. O casamento que idealizo para mim é um bem simples. Acontecerá em qualquer lugar (numa churrascaria se preferirem), convidados só os amigos mais íntimos, talvez as famílias (a pensar ainda!!), como roupas bermuda e camiseta se quiserem, sem “oficializador” (padre, juiz etc... nós dois iremos nos casar).
Entretanto, o grande detalhe está no ponto básico de tudo isso: quando casar. Isso pode ter diferentes respostas e não sei ainda se há uma correta. Acaba sendo bem pessoal e nisso eu tenho a minha. Tenho em mente que o momento de casar é aquele em que, se formos plotar num gráfico de dois eixos (X e Y), onde x é o tempo do relacionamento e no y o quanto se conhece a pessoa (Figura abaixo), vejo que quando obtermos uma assíntota (uma estabilização da curva), ou seja, nada mais de surpresas na relação, e se o se conhece nos agrada e nos faz bem, é o momento ideal para se casar. Claro que para isso também é necessário avaliar outras variáveis, como a situação financeira dos dois. Outros detalhes que me passaram aqui podem existir e para cada casal a realidade é diferente.
Além desses argumentos plausíveis, existem aquelas pessoas que afirmam que não querem se casar simplesmente por andar com a carruagem. Não possuem nem esses argumentos, mas como casar da forma tradicional se tornou tão antiquado para os jovens de hoje, dizer que querem casar para essas pessoas pode parecer algo careta! Eu sempre gostei dos caretas! Vejo que esses são aqueles que geralmente possuem melhores esclarecimentos sobre a vida e não têm vergonha de assumir uma posição e/ou opinião que vai contra a maioria da sua classe.
Finalizando então, não consegui derrubar minha tese de que é necessário casar. Dessa forma, vejo que casar é importante para que uma relação siga em frente e que dê tudo o que buscamos nela. Mas, como apenas eu discuti aqui, isso pode ter um viés! Contudo, vejo que toda essa discussão aqui não seria necessária, pois sei que no momento em que aquele gráfico se estabilizar as duas pessoas vão querer se casar! Até rimou!!
A propósito...depois de tantas perguntas sobre, não vou casar não...pelo menos por agora!
=)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Empatia e os padrões de comportamento de respostas nos relacionamentos

Na natureza, a partir de um dado número de observações de determinados eventos será possível identificar os padrões de ocorrência desses. Assim, poderemos ser capazes de predizer com certa antecedência o que irá acontecer. É isso o que o cientista faz nos diferentes ramos da ciência. O interessante é que isso não é diferente nos relacionamentos interpessoais, seja no nível de amizade ou no de namoro (ou algo do gênero!).
Identificar os padrões de resposta das pessoas ao nosso redor acaba sendo algo natural. Somos cientistas por natureza. No entanto, essa façanha (in)consciente pode nos trazer certos incômodos nessas relações, pois saberemos o que esperar de uma determinada pessoa diante de algo que queremos contar ou até mesmo pedir uma opinião. Quantas vezes já não nos decepcionamos ao contar algo que nos deixou fascinados e a outra pessoa simplesmente disse as mesmas palavras de quando contamos algo banal? Ou então ao termos um problema e precisarmos de uma opinião ou uma compreensão da pessoa? Numa amizade isso pode não ser um enorme problema. Temos vários amigos e espero que dentre um desses tenhas alguém que vá se interessar pelo assunto, pois de outra forma com quem e sobre o que iremos conversar? Mas o grande problema é quando essa pessoa é a que está mais intimamente ligada a nós. Relacionamentos acabam por isso, apenas pelo fato da pessoa não dar atenção para o que a outra fala.
O problema de se identificar esses padrões é que eles nos estabelecem um limite sobre o que podemos esperar de uma relação em termos de conversa. Eu gosto muito de conversar sobre diferentes assuntos e sei bem com quem posso ou não conversar sobre cada um. Vivo num meio diverso de pessoas e, no entanto, já tive grandes e tristes decepções.
O ponto desse texto não é sobre identificar padrões, mas sim alertar as pessoas sobre a existência deles e os problemas que eles trazem. Vejo que muitas ainda não conhecem o significado da palavra empatia. Tu conheces? Empatia é nos colocarmos no lugar de outra e tentar sentir o que ela está sentindo. Esse sentimento é fundamental para que uma relação dê certo e ainda mais, para que tenhamos um valor para as pessoas que nos rodeiam. Ela é a base da compaixão, outro sentimento necessário para sermos felizes no dia-a-dia. Para se desenvolver a empatia é necessário saber ouvir em vez de querer apenas falar. Saber ouvir não é um dom, mas sim uma capacidade... E capacidades se desenvolvem! E eis aqui o detalhe fundamental: não é necessário que tenhamos realmente interesse sobre o que a outra pessoa está nos falando. Basta que saibamos ouvi-la e identificar o valor que aquilo tem para ela e nos alegrarmos com isso também. Alegrarmo-nos pela felicidade da outra pessoa. Simples. Empatia!
Ter padrões acaba sendo natural quando estamos desligados do mundo, vivendo de forma inconsciente e egóica. Pensamos só no que queremos e gostamos e ainda esperamos que as outras pessoas também tenham interesse nisso! É um sinal de que estamos fora da “corrente” da vida (veja post anterior) e um alerta para um desastre eminente em nossa busca pela felicidade. Muitas pessoas vêm buscar conselhos comigo sobre suas vidas. Acredito que não seria assim se eu não tivesse desenvolvido essa empatia por elas para quere ajudá-las no que eu puder. Ter empatia é estar fazendo um bem para as pessoas e isso nos gera méritos. No budismo, méritos são como uma moeda que trazem coisas que você precise na busca pela realização. A partir dessa frase alguém poderá pensar que se faz isso por interesse. Padrão em ação, hein! Negativo. Ter empatia é algo que se torna natural. Na verdade, nascemos com ela, mas a perdemos no caminho como tantos outros valores, infelizmente. Outros podem até pensar: “bem, quando eu converso com alguém sempre pergunto como ela está no início da conversa”. Sim, isso eu vejo muito e tem um nome: cordialidade. É uma afeição sincera, mas limitada: acaba na resposta da outra pessoa!
Esse post tem esse fim: alertá-los para suas próprias vidas e para benefício e felicidade de todos, para você e para mim também!
=)

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Um caminho e um sentido para a vida

Quem nunca se questionou sobre sua existência? Bom, conheço alguns que ainda não e tenho dúvidas se um dia irão. Assim, esse texto serve para os dois tipos: os que já se fizeram essa pergunta poderão concordar ou não e os que ainda não a fizeram poderão aproveitar para começar a partir de um ponto de vista bem simples.
Desde cedo, lá pelos meus 17 anos, ainda no colégio agrícola em Bento Gonçalves, sentia-me afogado ao de ter que decidir o que fazer da vida. Meu sonho era ser aviador militar, mas por certas impossibilidades a coisa acabou não indo por esse lado e hoje sou veterinário-aprendiz-de-pesquisador-em-ecologia. Que bom! Analisando toda minha vida até hoje a partir de um ponto de vista espiritualizado vejo que as coisas não poderiam estar melhores. Vejo que se tivesse ingressado na carreira militar e se por acaso viesse a desenvolver a consciência que tenho hoje provavelmente abandonaria aquela vida dos sonhos. Os motivos aqui não entram, mas as causas residem nesse caminho em busca do sentido para viver.
Minha teoria pode ser entendida por uma comparação com as correntes marítimas. Dentro de um vasto oceano existem certos fluxos de água decorrentes da inércia da rotação da Terra, dos ventos e da diferença de densidade, o “motor” que as cria e as mantém. Essas correntes são responsáveis por toda a circulação da água dos oceanos e também atuam como um regulador do clima do planeta. Veja a importância delas, pois se você está onde está hoje em muito se deve a elas. Mas bem, voltemos à história. A vida aqui pode ser considerada como o oceano e o desenrolar dela como as correntes. Se um objeto nesse oceano entrar na rota das correntes ele vai ser conduzido ao redor do mundo numa viagem fantástica. No entanto, se ele sair da rota desse fluxo, ele ficará no mesmo lugar por um bom tempo. Da mesma forma que as correntes, na nossa vida há um “motor” que a impulsiona por si só. Qual é esse motor? Ele nada mais é do que a nossa consciência. Quando estamos conscientes da nossa própria existência a vida segue de uma forma automática, por si só, como as correntes: elas rodam o mundo sem esforço trazendo benefícios a esse. Estando conscientes, mesmo sem saber o que queremos, estaremos no meio da corrente e por si só a vida vai se desenrolar de forma perfeita. Quando menos esperarmos iremos encontrar no caminho o que vai nos trazer a felicidade que sempre desejamos, tudo porque estamos em movimento consciente. É a sincronicidade do universo em ação. Já dizia o sábio amigo Bob: "don't worry about the things, 'cause every little thing gonna be all right". Ele já sabia disso!
O outro estado dessa história é quando por alguma razão saímos dessa corrente. Naturalmente nós já nascemos dentro dela, mas no transcorrer dessa rota (da vida) poderemos por alguma razão sair desse fluxo natural. Os meios são muitos, mas a causa é uma só: a perda da consciência. Deixamos de saber da nossa própria existência. Passamos a nos identificar com falsas identidades que surgem da vontade de querermos ser os maiorais dentro do nosso meio, seja pela popularidade (eu sou o(a) mais bonito(a) do colégio), seja pelo dinheiro ou pelo poder. Queremos aparecer! Passamos a nos comportar de uma forma automática baseados nessas identidades, as quais podem até trazer um benefício momentâneo, mas que em seguida só trarão sofrimento porque percebemos que ainda falta alguma coisa para nos tornarmos plenos. Nessa cegueira acreditamos que tendo mais e sendo mais conseguiremos essa plenitude. Falsa ilusão. Ao obter isso ainda sentiremos uma falta angustiante. Estamos vivendo em um sono profundo, talvez um pesadelo. É necessário acordar, voltar à consciência, retornar pra corrente. Formas para isso existem, mas exigem atitudes que muitos não estão dispostos a tomar.
Estar na corrente é muitas vezes não saber se iremos ou não conseguir o que buscamos e isso apavora as pessoas. Naturalmente, o que buscamos sofre muitas transformações com tempo. É dinâmico. Eu que o diga! Contudo, o passeio é magnífico, pois para estar na corrente é necessário que a percebamos, ou seja, é necessário que estejamos conscientes, acordados, vivendo o agora. Nessa busca é necessário termos bem claro duas coisas: uma é o que queremos fazer e/ou ser (e isso não necessariamente tem a ver com uma profissão) e outra é o como iremos obter isso. A primeira é simples em muitos casos, enquanto que a segunda é uma incógnita. Eu quero trabalhar pela conservação da biodiversidade, mas não sei como irei de fato fazer isso. Teve um tempo que achei que sabia. Hoje já deixei pra corrente me levar até lá, cansei de ver as coisas mudando o tempo todo. Sei o que busco, mas não sei como irei conseguir fazer. Pronto! É só isso que precisamos saber, pois o resto vem. Acreditem, vem mesmo! As pessoas vivem angustiadas pensando no que irão fazer para sobreviver e muitas vezes abrem mão dos seus sonhos, o que buscam, e optam por algo que está na mão. Isso não é um problema desde que elas vejam isso como um degrau para continuar na busca. O que não pode é simplesmente se acomodar e perder o propósito da vida. Apenas ganhar dinheiro e viver bem não é propósito de vida para ninguém. Percebam que nossas vidas só terão um valor quando fizermos algo a mais do que só para nós mesmos. Viver só para nós não é viver e sim sobreviver. A maior recompensa da vida é quando vemos um sorriso estampado no rosto de outra pessoa. Não há dinheiro que sobrepuje isso. Aqui está o sentido para a vida.
Será que deu para entender? Espero que sim! Não queria escrever tanto, mas o pior é que teria muito mais e já escrevi um bom bocado.
Num resumo, pois todos gostam de resumos no final de um capítulo de livro-texto, o caminho é estarmos conscientes de nossa existência, do que queremos, buscamos, acreditamos. Essas percepções devem surgir à parte das inúmeras identidades que criamos ao longo da vida. O sentido é fazer o bem para todos e tudo, pois esse é aquilo que falta na vida das pessoas, que todas buscam e acham que está no dinheiro e no poder, bem como na roupa mais cara da loja do shopping! Por mais que se busque em aparências e em bens materiais, a felicidade está em darmos um pedaço de pão para um pedinte.
Uma boa busca a todos. Espero encontrá-los na corrente!!! =)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

A Ecologia como conhecimento primordial de todos

Um engenheiro deveria ter noções básicas de ecologia. O médico também, assim como o advogado e o taxista da esquina. “Que absurdo”, muitos podem pensar, mas agora direi o porquê penso isso. Imaginem, numa analogia, suas próprias casas. É necessário conhecer o funcionamento dela para podermos viver adequadamente nela, ou não? Por exemplo, é importante conhecer como funciona o sistema elétrico e de encanamentos para podermos fazer um bom uso deles. Imagina se ligássemos um aparelho de 110V num sistema de 220V? Ou então, se colocássemos o papel higiênico diretamente no vaso sanitário? Dependendo do encanamento, entupiria, bem como deixar que todo o material sólido da lavagem da louça na pia fosse pelo ralo. Sabemos da importância do telhado da casa para nossa proteção, mas não nos importamos como a camada de ozônio do planeta. Queremos água limpa para beber, mas não nos damos conta que o esgoto do nosso banheiro vai diretamente para o rio que nos provê essa água.
Temos que ter um conhecimento básico do funcionamento da casa para evitar problemas maiores que, nesse caso, seriam resolvidos pelo eletricista ou pelo encanador. Da mesma forma é com o planeta. Ele é nossa casa numa escala maior. Devemos conhecer como ele funciona para podermos viver de acordo e termos uma previsão de longo prazo de uso dessa casa. Na verdade, a previsão de uso deveria ser infinita, mas o que vemos hoje é o contrário. Já existem previsões com uma probabilidade alta de tempo de vida humana na Terra, justamente por esse mau uso da “nossa casa”. 
E como obter esse conhecimento? Através da Ecologia. De uma forma sintética, a ecologia é uma ciência que trata da relação dos seres vivos com o meio onde vivem. Deixo claro que não é necessário que nos tornemos ecólogos (nesse caso, na analogia, eletricistas e encanadores). Não, longe disso, mas deveríamos ter noções básicas da coisa toda. Saber como funciona o ciclo da água, a importância das florestas para a manutenção de um clima adequado, ter noções do impacto de cada ação de uso da natureza para as pessoas. Coisas básicas. Dentro dessa perspectiva, acredito que nosso planeta seria cuidado tão bem como é nossa casa e não precisaríamos gastar tanto com encanadores e eletricistas.
E eu percebo e fica cada vez mais claro que as pessoas tendem a não compreender que as condições de clima e de recursos que permitem a nossa vida hoje é dependente da condição de existência de todos esses elementos biológicos (fauna, flora e outros reinos) e "não vivos" (solo, água, minerais etc.). A temperatura que temos hoje não é indepentende, não "existe" por si mesma, mas é sim dependente da existência e da extensão de florestas terrestres e marinhas ("florestas" de plâncton!). Qualquer mudança nessas, consequentemente muda o clima e tudo atrelado a ele (tudo, por fim). 
Por que não se entende isso? Eu creio que seja difícil para as pessoas que estudam e conhecem essas relações abstraírem para entender a limitação na compreensão por outras. Uma vez um senhor me perguntou (ele tinha apenas o 4o ano do Fundamental): "Como que o céu fica suspenso em cima de nós?". Foi aí que eu tive uma compreensão de que talvez os limites de compreensão de algo que envolva relações e conchecimentos talvez nem tão "populares" sejam poucos conhecidos pelas pessoas mais instruídas. A gente acha que as pessoas deveriam saber, mas, de fato, elas podem nem ter ideia. Pior é se elas as tem e, mesmo assim, fazem o que fazem. Pior.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

O início de tudo


Finalmente crio meu blog. Ensaiava esse momento há tempos, mas a procrastinação é algo que me persegue. Além disso, pensava "terei eu assuntos para escrever nessa coisa?". Hoje vejo que tenho. Os temas serão esses: vida, ciência e filosofia, temperados com uma constante evolução de espiritualidade que venho vivendo. Nesse ponto adianto que assuntos relacionados à religiões também estarão implícitos nos temas principais. Fui um ateu, talvez um agnóstico. No momento passo por uma transformação nesse ponto e acredito que tenha sido esse evento que tenha feito a criação de um blog ter sentido para mim. Por que não criar um tema específico para religião? Simplesmente porque não a vejo separada desses três. E por religião, tenham em mente que não será somente sobre uma. Não me considero católico (apesar de ter sido batizado e passado por todos os processos dessa religião). Em linhas gerais sigo a filosofia budista. No entanto, vejo as religiões como um complemento uma da outra. Quando encontro um ponto que não concordo numa, tento buscar a resposta noutra. Hoje ando frequentando centros espíritas de Umbanda. Por que sou religioso, sendo eu um aprendiz-de-cientista? Tenho razões empíricas para isso (entenderam a ironia?). Bem, se eu não parar por aqui, essa primeira descrição acabará sendo uma postagem sobre religião! Política também estará implícita nesses temas. Dessa não entro em detalhes agora.
A idéia desse blog é passar justamente esses pontos-de-vista e, quem sabe, ajudar pessoas que passam pelos mesmos dilemas que passei e venho passando. Na verdade, esse é um dos pilares do budismo tibetano, aprender e ajudar os outros, pois não conseguiremos obter o grau máximo de felicidade se andarmos “sozinhos” pelo caminho.
Pois bem. Espero que os que se interessarem pelas postagens tirem algo para suas próprias vidas e que as tornem melhores no dia-a-dia. Até a primeira.