Vida, Ciência e Filosofia
quarta-feira, 10 de julho de 2024
O naufragar da democracia
sexta-feira, 5 de agosto de 2022
Sobre o pensar e o conhecer
Pensar e conhecer, segundo Hannah Arendt, são coisas diferentes. Eu posso pensar sobre política, sobre a Amazônia, sobre o mundo e sobre qualquer coisa sem mesmo conhecer ou ter botado os pés no lugar. O conhecimento, esse associado com a cognição e o intelecto, é algo mais profundo e exige a experiência sobre o objeto, sobre o fenômeno.
Isso me fez pensar que entendi o porquê das pessoas acharem que conhecem simplesmente porque pensam (o que dá um senso de razão, de certeza) sobre alguma coisa que estão a debater, mas sem, no entanto, terem o menor conhecimento real daquilo, sem entenderem sobre a coisa. Se eu penso, existo, não? Mas pensar sobre algo sem ter todo o fundamento desse algo é o que está levando a todo esse equívoco político no país. Por outro lado, as pessoas que conhecem, realmente, não são levadas a sério pelas pessoas que pensam saber - e que inclusive estão no poder - e, no lugar dessas que deveriam estar a pensar sobre o que conhecem, estão aquelas que pensam conhecer.
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021
Tu és insano(a)? Não? Tens certeza?
O interessante da política é que nossos representantes repetem os mesmos atos repetidos por outros, repetidas vezes, esperando resultados diferentes (se é que esperam algo!). O nosso sistema econômico é desenhado, conscientemente ou não, para que ocorram crises cíclicas: sempre vai ocorrer estagnação econômica, crise, e jamais será possível acabar com o desemprego, seja lá o que quer que se faça. É impossível, basta ver que em qualquer país e com qualquer partido no governo, sempre tem desemprego em massa (há desemprego mesmo em países com pirâmide etária super invertida).
Não se olha
para a causa disso: o próprio sistema! Vivemos numa sociedade insana, se for
válida a máxima de que uma pessoa insana é aquela que faz a mesma coisa
repetidamente e espera por resultados diferentes (frase atribuída a Einstein).
E essa mesma coisa é insistir em um modelo econômico que é baseado em
crescimento constante através do uso de matéria prima não renovável em um
planeta finito, que sobrevive através do consumo (você e eu temos que comprar
produtos constantemente para esse modelo econômico sobreviver e para isso os
produtos tem de durar pouco), e que não tem capacidade para gerar emprego para
todo mundo e jamais terá, principalmente com o constante crescimento
populacional no mundo que ainda tenderá a crescer muito mais antes de entrar
num padrão mundial de decrescimento (se e quando entrar!). E não será a
Esquerda ou a Direita que conseguirão resolver isso, percebas, já que a
mentalidade desses grupos varia ainda dentro do mesmo sistema. Não sai dele,
não pensa fora da caixa, apenas conseguem vez ou outra minimizar, mas jamais resolver e logo se tem uma nova crise.
Um exemplo
de tudo isso: lendo um trabalho sobre a Amazônia no Equador (ainda não
publicado), fiquei pasmo ao saber que o governo decidiu que quer explorar todas
as reservas de petróleo e minério para resolver o problema da crise econômica
do país, onde 40% da mão-de-obra está desempregada. Não vai resolver, já que
boa parte do capital não fica no país, outra se perde por corrupção e a que é
usada não é feita de forma inteligente visando acabar com o problema, mas sim
amenizar paliativamente para entrar em nova crise a seguir sem ter conseguido
sair da primeira (ou seja, continua na mesma!). Não se ataca as causas básicas
do problema, que estão na super concentração de terras, baixa industrialização,
capital basicamente dependente de exportação de matéria prima (que novamente enriquece
uma minoria e o dinheiro para o Estado é perdido pelos caminhos tortuosos da
máquina pública).
É a cara do
Brasil, percebam. As ideias são as mesmas com o atual presidente e não foram
muito diferentes com os anteriores, já que caímos numa crise (e eu ainda acho
que uma das razões foram gastos bilionários e corrupção com a copa e
olimpíadas, perto de R$ 100 bi, que na época batia com o déficit orçamentário
do governo Dilma).
Vão entrar e sair governos e não vamos resolver nossos problemas, esqueça! Poderemos dar mais um impulso para respirar, mas continuaremos sem saber nadar dentro de um oceano turbulento e caótico, esperando pela próxima onda a nos encobrir. Basta olhar para as principais economias do mundo para ver que não tem saída. O problema é que, como somos nós que elegemos os políticos que repetem as mesmas políticas, os insanos, no fundo, somos nós próprios.
Então, eu te pergunto: tu votas com esperança de
solução dos problemas sociais, ambientais e políticos? Sim? Então, de acordo com Eisntein, tu és
insano(a). Consegues perceber? Não? Bom, os insanos não conseguem perceber a
sua própria insanidade.
sexta-feira, 3 de abril de 2020
Todas as ciências contribuem para a humanidade?
sexta-feira, 28 de junho de 2019
A sociedade do futuro começa na tua mente
quinta-feira, 22 de dezembro de 2016
Esquerda vs. Direita e o ignorante caminho do ser humano
A solução para o ser humano está em abandonar seus dogmas e ideologias, parar, sentar, respirar, refletir, olhar para os dois lados, entender o outro para então chegar num terceiro lado (e entender a multidimensionalidade da própria existência num universo multidimensional). O ser humano não vive uma crise – pelo simples fato de que crises acontecem de um momento para o outro num estado prévio de bonança. O problema do ser humano é uma de suas muitas naturezas: a sua própria ignorância. A pessoa que acha que está certa para acusar o outro deveria ter a capacidade de onisciência e nenhum ser humano até o momento a desenvolveu. Logo, seria sensato parar e considerar o que o outro está falando, balancear o próprio olhar e, nisso, quem sabe chegarem juntos a uma nova conclusão sobre o problema. Vejam que isso requer cooperação, união sem bandeiras hasteadas, pois a construção de uma sociedade justa requer cooperação e não luta de classes como prega a esquerda socialista/comunista e nem “que vença o mais capaz” como prega a direita neoliberal. O ser humano só será melhor quando não mais existirem bandeiras de futebol, de países, de partidos, pois isso significará o reconhecimento do ego em cada um, ego esse que simboliza a ignorância. Como a escala é enorme (sem bandeira de países?), poder-se-ia começar numa escala menor como a de partidos, isso porque esquerda e direita nunca poderão se sentar à mesma mesa, uma vez que ainda estarão imbuídas de seus ideais e crenças. Somente poderão se sentar à mesma mesa pessoas iguais e com os mesmos interesses. Será somente assim que o ser humano dará um passo em sua existência nesse universo infinito, esquecido de ser contemplado pela pessoa presa às teorias sociais e ao dinheiro. Sem isso, que nos acostumemos e convivamos com nossas próprias atrocidades em seus diferentes níveis um com o outro.
segunda-feira, 9 de novembro de 2015
Publicidade: uma atividade criminosa?
Ao assistir documentários e ver pessoalmente o efeito devastador da publicidade de consumo sobre sociedades, crianças e o ambiente, a ideia expressa acima não parece estar equivocada. Usam-se artifícios psicológicos contra pessoas incapazes de se defender psicologicamente. O problema, talvez, é que muitos publicitários ignoram o efeito sistêmico do que realmente fazem e ainda dizem que "As pessoas compram porque querem comprar", como disse um publicitário no documentário 'Criança: A Alma do Negócio'.
Assista aos documentários:
The Economic of Happiness (A Economia da Felicidade)
Criança: A Alma do Negócio
Uma lição de ética sobre publicidade infantil - Prof. Clóvis de Barros Filho