Ficar não era mais a solução. Sem saber aonde e
quando ele iria encontrar a resposta, nem o que procurar, o caminho se resumia àquilo: o Norte. Apenas uma bússola e uma lanterna em suas mãos, velhas,
herdadas de tempos em que ele nem mesmo tinha noção, mas que simplesmente chegaram
a suas mãos no momento em que ele precisou. “Talvez as coisas sejam assim”,
pensou ele, “aparecem quando precisamos”. Isso lhe deu um conforto que se ascendeu
como uma chama aquecendo seu corpo. Não precisaria de mais nada para iniciar a
jornada. Apenas seguir o caminho indicado pela bússola da sua intuição e iluminado pela luz de sua consciência nas horas mais lúgubres do dia, bastaria
para ele chegar àquele lugar desconhecido.